quinta-feira, 9 de julho de 2009

Rua...espada nua...

Ontem eu fui me deitar por volta de duas da manhã. Não estava com sono, mas o youtube realmente me irritou, dando erro. Então desisti da solidão da net e fui pra solidão da cama.
Escrevi no meu diário, como faço todos os dias. É idiota? Tudo bem, problema meu ^^
Coloquei lá que queria que chovesse.
No momento em que o fechei, ouvi um barulinho desconcertante de chuva fina. Meu pensamento, mais uma vez, se fez realizar. Já havia fechado a janela, com cuidado para não acordar ninguém.. apaguei a luz...pensei: se eu abrir, vão acordar. Mas eu não podia ficar de fora daquela magia que estava acontecendo... Abri a janela e inspirei o ar úmido da chuva. Estava frio, mas eu não ligava. Debruçada, olhando pro céu, as nuvens brancas com um céu negro ao fundo.. não havia lua, não havia luz, ninguém nas ruas. Alguns pingos me acertavam os cabelos...o perfume me acertava a alma.
É impressionante como um cheiro pode despertar em mim sentimentos já esquecidos.
Lembrei de quando ouvi "How Deep Is Your Love" olhando a chuva, deitada na rede. Todos os sentimentos de três anos atrás voltaram e se voltaram contra mim. Senti meu coração apertado agonizar, querendo pular pra fora do corpo. Tentei chorar, mas não consegui.
Perdi a noção da hora, não sei bem quanto tempo passei ali, fitando a natureza que queria me mostrar o quão triste eu estou.
Fechei a janela, busquei conforto na cama... não havia abraço, mas havia um edredon. Não havia ninguém pra abraçar, mas havia o travesseiro.
Tentei não pensar no que eu sentia e inventar sentimentos novos pra pensar... Imagino histórias, quando me sinto assim. E essa foi interessante, porque eu comecei a inventá-la e dormi, mas no sonho, ela continuou. Que bom! Tive um sonho lindo. Acordei bem e feliz.

2 comentários:

  1. Crítica da EU:

    Carol,


    Lindo, lindo, lindo!
    Perfeito na forma e na correção gramatical, aproveitando-se bem da liberdade de escrita permitida a todos os gêneros literários. E em você, se revela algo mais que uma contadora de histórias; o conteúdo é consistente, o tema central não se perde. Com maestria os pormenores do contexto são engatados e a história então, trabalha por si, como uma perfeita engrenagem. A transmissão das emoções é perfeita e compartilhada com o leitor, certamente maravilhado e sentindo-se recompensado, pela sua permissão a ele ser seu intruso convidado!




    morri.

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