terça-feira, 7 de julho de 2009

O destino sempre me quis só!

Hoje começam minhas férias. Sozinha. Bem melhor que tédio a dois, convenhamos.


Super legal, um tempo pra mim. Regado a bastante música boa e bons livros.


E a tristeza?
Ela é um misto. Constante e passageira. Perene e volátil. Ela fica ali, escondida. Às vezes eu me faço escutar, às vezes é um silêncio que corrói tudo por dentro.
Meu coração está pesado, mas minha alma é leve. Leve por ter feito o que tinha que fazer, corrido o risco, apostado as fichas na solidão como a melhor companhia. Mas a lua está lá pra lembrar que ela passa uma semana vazia e depois de um tempo fica cheia. E os passarinhos continuarão cantando, todos os dias, me brindando com um "bom dia" preguiçoso.
A xícara de café ainda está em cima da mesa. No lugar em que sempre fica.
Eu não gosto de mudar as coisas de lugar... gosto da rotina, tudo do mesmo jeito, sempre. Gosto de prever o que vai me acontecer. Mas me sinto, agora, totalmente perdida. Não sei o que pensar, muito menos o que dizer a respeito dessa grande mudança que estou vivendo...

Fico perplexa com a minha capacidade de construção-desconstrução. Temo muito a minha inconstância, minha paixão, minha intensidade.
Eu sou uma pessoa apaixonada. Pela vida? Talvez. Sou apaixonada por tudo que me dê prazer, praticamente um "animal sentimental". Gosto de coisas novas, conhecimento, cultura, arte. Gosto de conhecer o que nunca me foi apresentado... gosto de novas regras, outros jogos. Isso explica as minhas tempestades sentimentais.


Eu nunca fiquei sozinha. Desde os 11 anos eu sou acompanhada pelo meu coração que vibra muito intensamente. Primeiro foi o vizinho da frente, seguiram-se os amores platônicos, os não-correspondidos, os não-inteiramente-correspondidos, os que eu não correspondi, e, finalmente, um namoro sério e longo. No meio desse caminho do meu último relacionamento, notei que havia algo errado.
Comecei a assistir novela. Por quê? Precisava viver outros amores, porque o que eu vivia, já não me bastava. Daí pra me apaixonar por todo o trabalho da Ana, foi um pulo. Porque, realmente, novela não é arte. Não pra mim. Precisava de algo verdadeiro pra gostar. Me aproximei mais e mais e com isso me preenchi. Foi o que faltava pra descobrir que o namoro tinha que acabar. E acabou. Agora, novos autores, novos artistas, novos filmes, diretores, novo modo de enxergar as coisas.

Essa inconstância de que eu falei às vezes é um grande defeito. A intensidade com que vivo meus sentimentos, também...porque... não que eu deixe de viver as coisas boas da vida... mas é que depois de um tempo, elas simplesmente não são tão boas assim, porque foram consideradas boas demais, e me decepcionaram.

Hoje, não me sinto vazia. Nem completa. Mas sigo meu caminho, sem olhar pra trás. E que venha o futuro, com todas as suas surpresas.

Um comentário:

  1. Amei o Blog e o texto , vejo que vc é uma menina bem inteligente, pelos gostoos .rs
    beijoos!

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