segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Eu sinto.

Estou pensando aqui comigo... Eu sinto algumas vibrações às vezes.
Aquela história de sonhos premonitórios, sensações estranhas... Meu coração dispara quando eu tô na sala e uma pessoa com quem eu preciso falar entra no msn... Aí eu venho pro pc e dou de cara com essa pessoa on line. Sonhei outra vez sobre o erro da AC no criança esperança, uma semana antes. Sonhei com vários namoros que terminaram, inclusive o meu. Sonhei que pulava da janela, mas isso é só quando eu to em depressão (sonhei semana passada, de novo).
E... Sonhei uma noite inteira com o meu ex namorado.
Pra me mostrar que eu tô certa, meu sonhos com ele seguem sempre o mesmo roteiro. A gente voltou, mas eu não quero mais, e passo o tempo todo tentando me livrar, terminar, arrumar um jeito de sair daquele emaranhado de sensações confusas. Geralmente, eu acordo tranquila, porque esses sonhos me dizem que não há resquício de mágoa, arrependimento e nem amor.
Mas dessa última vez eu fiquei mal. Fiquei mesmo. Não tinha vontade de nada... Parei pra assistir um filme, desisti nos primeiros quinze minutos. Fiquei off line o tempo todo no msn. Dei umas risadas confusas.
Me lembrei de quando a Bárbara disse: nunca vi alguém terminar um namoro de três anos e ficar tão bem.
Me lembrei de que eu estou bem, de que nem sinto saudades, não me faz falta aquela monotonia, eu tenho tempo pra mim, está na hora de ser feliz.
Mas... não sei. Eu sinto que alguma coisa está me prendendo. Eu estou deixando minha vida se esvair aos poucos, deixo pedaços de mim pelo chão, pela casa, em cima da cama. Cada nó na garganta ao passar os olhos por uma lembrança, cada migalha, o resto, o nada. Uma coisa vai se unindo à outra e, quando eu percebo, mudei meu olhar, meu sorriso, minhas palavras.
É... Me olhei no espelho. No fundo dos meus olhos enxerguei um vazio imenso. Acho que me entediei de mim e da minha vida. Eu quero dar pause, mas que o mundo continue girando pra acabar logo. Quero observar de fora, mas sem alma. Tenho uma incrível vontade de desistir. Mas desistir de quê? Não há mais nada a perder, não há mais no que se pensar.
É, acho que é esse o vazio: no pensamento. Tentei substituir, não deu. A nova lembrança também passou, ou então, não é mais tão agradável assim.
Eu queria tanto a minha liberdade, mas me esqueci de que o pensamento também voa com o vento, e ele precisa de mãos pra segurar. Eu preciso de mãos pra segurar. Não quero, mas preciso.
É só uma fase, uma brisa que bagunçou o cabelo, bagunçou tudo. Vai passar. Tenho que preencher esse vazio e vou conseguir.
Não vou me olhar nos olhos enquanto houver um espaço em branco ali. Manter o equilíbrio é difícil quando alguém dá uma rasteira e você tá na corda bamba. Cair é normal, o anormal é não levantar.
Assim, então, pego a sombrinha, retomo o equilíbrio, e mesmo que meu pensamento me traia, me derrube mais um milhão de vezes, eu ainda vou controlar o desespero, limpar todas as teimosas lágrimas e colocar um pé na frente do outro. Caminhar, essa é a solução. Se eu não quero estar presa a esse vazio, eu vou conseguir me libertar dele. É minha decisão e ela já está tomada.
FIM.

sábado, 29 de agosto de 2009

Texto Cético

Eu sempre escuto o Djavan dizendo: “só sei viver se for por você”. Sempre penso: ainda bem que ninguém diz isso pra mim, porque ficaria super chata a minha resposta. Não, eu não ia acreditar, e eu sou sincera: ia dizer que não acredito. O cara ficaria chateado, o namoro entraria em crise, e acabaria.
Talvez, dependendo da maturidade do “namorado”, o namoro não acabasse. Mas, não sei... Acho que as pessoas sentem NECESSIDADE de dizer essas mentiras - que elas tanto queriam que fossem sinceras – simplesmente porque acreditam que não há nada sem amor. Nós nos convencemos de que precisamos de alguém para completar nosso sorriso, precisamos de um olhar que nos diga que tudo vai ficar bem, de um abraço forte que faça esquecer o dia ruim, de um beijo apaixonante, de tirar o fôlego, e pensar que nele se expôs o maior amor do mundo. É, sentimos a necessidade de nos convencermos de todas essas mentiras.
Dirão: nossa, Carol, como você está anti-romântica. Só porque seu namoro acabou, não quer dizer que as coisas são tão horríveis como você pinta. A questão não é essa. O que acontece, é que agora eu enxergo algumas coisas que, antes, não enxergava. E... Se você está apaixonado, provavelmente não vai enxergar. Principalmente se for seu primeiro amor.
Eu não sei até que ponto essas mentiras convencem. Não convencem nem quem diz, talvez tampouco convençam quem ouve.
É, eu sou assim: quando eu vejo um relacionamento – de qualquer tipo que seja – se esvaindo, eu vou logo dando provas de afeto, carinho, digo palavras bonitas e, finalmente, digo que amo a pessoa. Quando eu me vejo escrevendo depoimentos inaceitáveis com declarações lindas de como a amizade/amor de alguém é realmente importante pra mim, sem que esta pessoa tenha feito nada de bom nos últimos dias, logo percebo: nada do que escrevi é verdade. Talvez tenha sido, um dia, e tudo que quero agora é resgatar o sentimento. Mas, no momento, é tudo mentira.
Enfim, voltando aos relacionamentos amorosos.
Quem foi que disse que precisamos de um parceiro? Só porque Deus inventou a Eva pro Adão?! Ah, meu amor, te digo que foi por outro motivo. Convenhamos que Adão é homem, e homem precisa de mulher, não só para “amar”. Entrelinhas super explícitas, acho que não preciso dizer mais nada. HAHA.
Até que ponto vai meu ceticismo? Ah, nesse aspecto, vai até o fim. Talvez, um dia, eu me convença do contrário. Mas com todo o pouco que já vi e vivi até hoje, só posso concluir que, para o homem, o mais importante em se ter uma mulher, não é o amor.
Então só posso continuar meu texto enfocando as mulheres, que são seres sensíveis, capazes de amar. Não que homens não sejam, “eu poderia falar horas sobre os homens que amam”, só acho que fica melhor se eu falar sobre algo que eu realmente conheço: minha alma, as das minhas amigas, os relacionamentos que já vi começarem, declinarem e acabarem. É só disso que eu posso falar, então, antes que as pedras sejam atiradas: os homens amam, só não me convém falar sobre eles.
Quanto às mulheres... Elas têm tendência a acreditar no que o Djavan diz. O que a gente tem que entender é que ninguém vive por ninguém. Se você está com alguém, pode ter dois motivos: conveniência ou se sentir bem. A conveniência, o mais comum em relacionamentos longos, é o fato de você já ter intimidade total com a pessoa, ela saber todos os seus segredos, você não precisar se explicar, porque ela já te conhece. Já não se ama mais? Talvez. A paixão é que com certeza não existe nesses casos. É aí que começam as mentiras.
Esses relacionamentos longos, obviamente, tiveram um começo. E esse começo é maravilhoso. Não cansar de estar perto, querer ver a pessoa todos os dias, o coração disparar ao ver o nome dele no celular, os emails fofíssimos, cartinhas de amor, poemas bregas etc. Isso é tudo muito bom, mas pouco real. É só empolgação.
Quando isso acaba, tudo vira rotina. Então, para tentar fugir dessa nova realidade, passamos a dizer coisas do tipo: só seu sorriso me faz feliz; eu não me imagino sem você ao meu lado; tudo de bom que aconteceu comigo foi depois que você chegou; não sei o que seria de mim sem você; você é tudo pra mim; “só sei viver se for por você”.
Percebe? Quando acaba, você queria que continuasse. Mas não vai mais continuar. Aí você inventa uma realidade paralela, aquela que você queria, e, para trazê-la mais próxima do que é real, começa a dizer coisas que só são verdade naquele outro mundo, mas não nesse. Pela repetição, você se faz convencer de que realmente não há vida sem “ele”.
Mas uma hora acaba. Nessa hora é que você se dá conta desse mundo paralelo que você criou, se enganou e, quando esbarrou na realidade, levou um tapa na cara, viu que o fim já era fim há muito tempo e só você não via. Termina o relacionamento, você pára pra pensar, se pergunta quanto daquilo foi verdade.
É, aí talvez você pense que nunca mais vai amar de novo.
Eu pensei.
Mas... Acho que não. Vai acontecer tudo de novo, vou colecionar mais vááááários sonetos. Só que não acho que vou maltratar meu coração não, só foi da primeira vez. Agora eu conheço os passos dessa estrada, sei muito bem chutar as pedras do caminho pra longe, me desviar das ribanceiras e pular de um lado ao outro do abismo, sem um arranhão sequer.
É... Você aprende. Uma hora, aprende.
Aí vocês dirão que meu ceticismo me torna mais triste. Eu digo que não. Digo que, ao contrário: vai me poupar muitas tristezas sem necessidade. Todo aprendizado tem seu valor e, mesmo que tenha me tornado mais dura, ainda consigo inventar mundos paralelos e sentir a mesma emoção do começo, se eu quiser. Só que, no momento não quero. Quando eu quiser, vocês vão saber. :)

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O Medo do Espelho

Carla levantou-se abruptamente, pôs os pés descalços no chão frio, não procurou os chinelos. Tateou, no escuro, a escrivaninha, tentando encontrar rapidamente o abajur roxo que ganhou de aniversário mês passado. Esbarrava em todos os porta-retratos, enfeites e anjinhos que havia por ali, tamanha a pressa, tamanha a busca pela luz. Encontrou, finalmente, o botão. Apertou, esperou. A luz veio.
Ainda descalça, caminhou até a parede. O relógio, num tom melancólico, fazia seu tique-taque habitual. O tempo era medido preguiçosamente. A menina fixou seu olhar no ponteiro dos segundos, ele tinha tanta pressa. Os outros estavam parados, era ele que os levava, empurrava de um minuto a outro, de uma hora a outra. No meio dessa confusão de empurra-empurra, Carla lembrou-se de procurar saber que horas eram.
O relógio marcava três e meia da manhã. Ou seria da tarde? Ela já não sabia quanto tempo havia passado desde que se trancara naquele quarto. Sua cama era a única companhia há dias. A cama e o teto, como se fossem um par de amigos, uma que a segura, não a deixando cair, enquanto o outro serve somente para ser observado. Olhar para ele significava refletir, sozinha, pois ele não lhe dizia nada. Ele lhe permitia abrir a mente e deixar vagar por lá quaisquer pensamentos que estivessem de passagem. O teto dava-lhe a visão da imensidão, do infinito, do concreto e, ao mesmo tempo, era tão abstrato...
Julgou, pelo frio que sentia na pele, que devia ser madrugada. Ela sequer pensou em abrir as cortinas, a janela que não deixa passar a luz, nada daquilo importava. Na verdade, Carla nem queria saber se era dia ou noite, não queria ver o sol, não queria ver seu rosto no espelho. Lembrando-se disso, apagou novamente a luz fosca do abajur, com medo de se deparar com um espelho. Tocando no interruptor, lembrou-se de quando a mão de Fábio havia se juntado à dela para apagar aquela luz. Daquela vez, a luz apagada não significava solidão. Daquela vez foi um abraço, uma noite intensa, os olhos fechados que não precisavam estar abertos para enxergar, já que os outros sentidos se ocupavam em dar todos os sinais necessários.
Mas, agora, ela apaga a luz e já não há ninguém. O medo de se encarar impedia que ela acendesse o abajur, mas, mesmo assim, ela ainda se enxergava. No escuro, seus gritos abafados eram ouvidos por ninguém além dela mesma. Ela tinha medo de se ver, porque seu olhar já não seria o mesmo. Ela temia o que veria através de sua retina. Temia que o olhar revelasse o que ela não aceitava, não queria que tivesse acontecido.
O que a alma dela refletiria seria uma menina que virou mulher. Aquela que se decepcionou e aprendeu da pior forma possível que o universo nem sempre foi tão bom quanto o colo de sua mãe, e nunca voltará a ser.
O escuro a protegia daquela traição, daquela e de tantas outras. Podia proteger-lhe da saudade, da falta que nem deveria ser sentida, dos sussurros que jamais seriam ouvidos novamente, de todas as mentiras ditas, de todas as em que ela acreditou. Ela não queria se olhar, para não se julgar. Percebia que a inocência se esvaia com o passar dos segundos, dando lugar a uma alma febril, inconstante, que não entendia toda aquela incoerência. Ela queria fechar os olhos e entender. Mas não podia entender. Não havia explicação.
O melhor a fazer seria fechar-se em si mesma, até que se formasse uma cicatriz. Mas, quando cicatrizar, será que o olhar inocente voltará? Ou será que ele dará lugar a um ceticismo de autodefesa, carregará consigo uma marca e fará com que ela passe a acreditar em tudo, ao mesmo tempo em que duvida?

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Coisinhas que andei escrevendo...

2 poemas em um post só, pq tô sem saco pra esse blog. [/TPM]



Incoerência

E tudo que a gente pensa, sente, consente, cala
Quando faz, olha pro lado, vai em frente
E quando pára, repara no dia
Descobre a deixa, olhos de gueixa, e o que fica?

O que é que sobra? Tanta estrada perdida,
Vivência, incoerência, ilusão
E o que é que falta pra virar a vida?
Olhar nos olhos, sempre descalços, pés no chão.

E quantas das mentiras ditas, hoje são verdades?
E quanta verdade ainda vai se tornar falsa
Mas fica o resto, sempre o resto de tudo, migalha.
Solidão, copo cheio, tua mão. Tanta coisa ta errada.
(Tem tanta coisa errada...)

E ficou... Ficou o céu vazio
Tantas palavras, falsas.
Fui eu que menti, foi você que se enganou,
Foi você q me enganou, ou fui eu que fugi?

E perdi... Perdi o teu abraço, as horas vagas, o cansaço
As minhas vitórias, tuas derrotas... Só papel amassado.
Ficou pelo chão, tudo pelo chão: olhos, relógios, discos quebrados.
Foi a tempestade, um furacão. Deixou, por aqui, tudo arrasado.


~*~

Âncora


Ajude-me a me inventar.
Reinventar.
Recomeçar.

Ajude-me a trazer o sol
Pra me iluminar
Pra te enxergar

Ajude-me a ancorar nesse porto
Um riso solto
Caminho torto

O teu olhar de novo no meu olhar
Tuas mãos no meu rosto
Passam devagar, a deslizar
Na boca, sinto seu gosto

Então o sol já pode se abaixar
A luz, agora, fica melhor, apagada
Lençóis espalhados por todo lugar
A minha alma, em ti está guardada.


The End.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Lá fora a lua irradia a glória \o/

Eu queria escrever um caminho, delinear uma subida, alcançar um destino, escrever uma montanha, delinear o paraíso, alcançar a redenção, escrever meu nome na areia, delinear o lago do parque, alcançar seu olhar, escrever toda a água, delinear outra lágrima, alcançar aquele sorriso, escrever um carinho, delinear um passeio, alcançar meu destino.
.
Gritar aos quatro ventos a minha saudade do que ainda vem, estremecer ao olhar pra fora e ver que o mundo me sorri, e por que não sorriria?
.
Lutar contra o ego, não é papel só meu, muita gente faz.
Deixa essa peça pra mais tarde, dessa vez eu quero ser real, feliz. Abrir os olhos e pensar em algo bom, continuar, levantar, correr, ficar, parar, observar.
Sim, eu sempre observo, mas nem tudo dá pra ver.
Tantos mistérios, caminhos, trilhas. Pode dar tudo errado, e quem é que vai me culpar?
.
Não quero traçar outro segredo.
Inclua-se na minha solidão, beba dessa fonte, quer um gole da minha água?
.
Sinta-se em mim.
Talvez seja bom, talvez não tão bom assim.
Sinta-se, não sente-se.
A subida é íngreme, não me derrube.
Me faça bem, que eu te quero bem.
Olhar no olhar é o que interessa, aqui.
.
.
Enfim, escrevi esse texto nada a ver, que ninguém vai entender pq nem eu entendi AINDA kkkkkk
Mas, esse é um blog, e eu acabo não falando quase da minha vida aqui, há um tempo já.
Vou falar de hoje HAHA
.
Hoje a Carol virou um pimentão, uhul \o/
.
Nossa, senti minhas orelhas queimando, um calor, uma pulsação no rosto e pensei: puta merda, fiquei vermelha! E agora? hauehuehauheua
.
Enfim, nem deu nada. Só as meninas que costumam me zuar mesmo, elas costumam acabar comigo. Já teve a vez em que disseram q eu disponibilizei o ex namorado ¬¬
Da outra vez, disseram que eu só me aproveitei... ¬¬
Isso na frente da sala inteira. Meninas alokas.com.
huiaheuiahea
.
Aí eu olho pro lado, elas: Carooool, c tá vermeeeelha kkkkkkkkk
Eu ri, né, fazer o quê?
.
Enfim, eu adoooro o prof. Mesmo ele me fazendo passar vergonha.
O cara pára na minha frente, segura meu braço e me pergunta se eu gostei do "Yes". Eu disse que não, pq é mto auto-ajuda. HAHA
.
É mesmo, ué. Aí as meninas: professoooor, vc perguntou à pessoa errada... essa aí é revoltada blábláblá, todas aquelas mentiras sobre a minha pessoa (uma santa). hahaha
Aí ele disse q adorou o filme.
.
o.0
hahha
.
Mas é isso aí, vivendo e enrubescendo \o/

sábado, 22 de agosto de 2009

Amo a sua verdade

Quero te ver de verdade, não só enxergar tua sombra, seguir teus passos e me abrigar na solidão. Quero perder o medo de ficar frente a frente, sentir teu cheiro, segurar tua mão. Quero aprender a andar sozinha, sem que teu olhar repouse sobre meus erros. Quero me sentir livre, e não mais aprisionada, sufocada pela tua teia.

Mas não é você que me prende, que me julga, me condena.

Em qualquer palavra tua, eu escuto repreensão. Se o teu abraço ainda está tão distante, o que você espera de mim? Cansei da contramão, de ir contra a corrente, de fugir. Vou simplesmente parar na tua frente e sorrir. Talvez o brilho do meu olhar atinja a pedra de gelo que está no teu. Talvez minhas palavras passem dos seus ouvidos pro coração.

Ninguém sabe o que dizer ou como reagir, ninguém sabe atuar. Você faz tão bem seu papel que chegou a me iludir. Não mais. O teatro que você encena, eu já conheço. Já vi teus passos e o caminho ao qual eles levam. Mesmo que dessa vez você me chame, eu não vou. Não vou me anular para você sobressair. Não vou enlouquecer mais uma vez. Não grite mais meu nome, me deixe aqui. Deixe-me trancada no meu vazio, não me puxe para o seu!

Por tanto tempo quis te ouvir me querendo, mas agora não posso mais. Tanto quis sentir esse olhar na minha pele, esse toque, seu carinho. Mas ainda enxergo o monstro por detrás de toda essa fantasia. Tire a máscara, se mostre para mim!

Eu já sei que não vou gostar do que verei, mas dessa vez será sincero. De uma vez por todas, me liberte! Liberte-se de você!

Coloque os pés no chão e expulse essa soberba. Aí sim, as máscaras podem cair sem medo. Não se preocupe, conheço tua essência. Sei te perceber. Sei que você me percebe.

Sem máscaras, só a verdade. Seja a verdade, e assim, me ame, porque eu também te amo. Amo a sua verdade. Amo você.




Ps. Nem tudo q eu escrevo (aliás, quase nada q eu escrevo) é verdade.
Esse é um exemplo. Pura imaginação! :D

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Foda-se


É, hoje eu vou escrever um texto do tipo "foda-se". E foda-se se vc não gostar, haha.
Enfim, tô cansada desse negócio de ter q ficar escrevendo as coisinhas bonitinhas... quem não gostar, que dê um unfollow ali...

Um belo dia, aos 14 anos, eu descobri como ligar o foda-se.
Foi assim: ele não me ligou. Aí um chorava num canto, o outro chorava no outro. Primeira desilusão amorosa.... haha foi tão engraçado. A gente (eu e as meninas do primeiro ano do ensino médio) passava o caminho inteiro do colégio até o terminal cantando: é a vida, e é bonita, é bonita e é bonita. kkkkkkkk
Sim, pq pra tudo eu dizia: é, é a vida.
Pq eu tava meio deprimida sim. Mas eu acho que essa foi a única vez... Depois, ele não ligar, não dava nada. Depois, minha mãe não me entender, também não dava nada. Depois, a falsidade das "amigas", não dava nada. Depois, bem depois, o amor perdido, também não dava nada.
Ah, para os idosos de plantão, "não dar nada" significa não ter problema, não estar nem aí, estar pouco se fodendo (pra combinar com o clima do post).

Então, mas aí eu descobri que com o foda-se ligado, eu passei a me importar menos. Como já disse em algum lugar, algum texto, poema, seiláoquê (talvez nem tenha escrito no blog), enfim, como já disse: o torpor frente a certos acontecimentos cotidianos foi diminuindo, até se tornar quase imperceptível. Eu não sei se eu não sinto, se não quero sentir, se penso que não estou sentindo ou se me engano. Acho que me engano. Sim, porque... Sabe aqueles pensamentos de quando você bota a cabeça no travesseiro, ou quando você abre os olhos de manhã? Pois é, aqueles pensamentos são incontroláveis. E eles me vêm. E derrubam por terra a teoria do foda-se. Sim... Por que será q às vezes, do nada, no meio de um lapso de consciência, eu digo: "amor"?

Enfim... acho que a teoria do f0da-se não é muito válida, às vezes.

Um exemplo é o caso da minha mudança repentina de humor. Esse repente, não é tão de repente assim. Tem um motivo, sempre.
A internet é o principal.

No orkut vc tem acesso a muitas informações, vc pode acompanhar a vida inteira de uma pessoa, todos os seus contatos e como ela se comunica com eles... Aí, um belo dia, você entra no scrapbook de alguém e... BUM! Uma frase que te derruba... pelo dia inteiro. ¬¬ Às vezes nem tem nada a ver com você... mas você já tá derrubado e acabou. E cadê o foda-se nessas horas?

Sentimento de quê? Impotência. Essa é a palavra. Eu simplesmente não consigo mandar tudo isso à merda. Eu tenho meus valores, tenho meus sentimentos... E tenho sentimentos pelas pessoas... E se elas só sabem sentar em cima, o que eu devo fazer? Esperar até que haja tantas "sentadas" dessas, que amacete tanto essa parte do coração, até que ele pare de se importar.

É, nem sempre o foda-se é tão instantâneo assim.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Tic-tac.

A noite estava demorando pra cair
A cabeça não parava de girar
Me lembrava do caminho que segui
E de como não pensava em voltar
E de como eu voltei a sorrir
E em como eu queria chorar

E depois de me dar e fugir
Tentei me prender n'algum lugar
Mas já não era mais o mesmo aqui
Já não podia mais ficar

O relógio parou de tiquetaquear
A respiração parou de fluir
Eu parei de titubear
E voltei, e andei, e corri
E enfim a noite veio me saudar.

Aí finquei os pés no chão
Daqui não vou mais sair
Não quero mais mudar.

domingo, 16 de agosto de 2009

Sobre a Janaina, o Carlos e o fone de ouvido

Bom, em primeiro lugar eu tenho que falar da Janaina. Num dos posts anteriores eu comentei que o Carlos era o único leitor assíduo do blog, o que era mentira, mas ele riu. Eu avisei que era mentira, coloquei só pra ficar engraçado. Enfim, algumas pessoas ficaram PUTAS e disseram q não leriam mais, então vou tomar a Janaina como exemplo e dizer: há mais desocupados que lêem isso aqui do que poderia supor minha vã filosofia kkkkkkkkkkkk
Aí ela disse que viciou aqui. Eu falei que viciou pq é curiosa, fofoqueira, quer saber da minha vida. hahahaha
Não, não, ela acha interessante. É pq eu falo de mim, mas eu deixo o conteúdo abrangente. Não falo só de mim.
Eu acho simplesmente maravilhoso quando alguém se identifica com alguma coisa, copia e cola algum parágrafo em algum lugar. Um dia eu ainda vou ouvir: Eu quero ser como você quando eu crescer. hahaha
É o que eu diria pra Ana se eu pudesse falar com ela. Enfim, não é disso q eu vim falar.
Ah, só mais uma coisa pra Janaina (tem q falar bastante dela, pra ela se sentir importante).
Da primeira vez q vc ligou no cel, eu demorei pra responder "Carol" qdo vc perguntou "quem é?" porque... enfim, leia o depo da Bah no meu orkut q vc entende...


Tá, agora eu vou falar o q eu vim pra falar.

Estava no carro, viajando em companhia do Zeca Baleiro, Lenine, Nando Reis, Zelia Duncan e Chico. Olhando os campos e as árvores que passavam, mas outras ficavam. Quanto mais longe eu olhava, mais estáticas as coisas eram. O movimento acontece só com o que está perto. O que está longe a gente nem sente mudar.
Tá, e aí tocou Sofia do Nando (sim, eu ainda tive preguiça de procurar no Google se a Sofia é com F ou PH) e meus olhos se enxeram d'água. É que eu fico vendo meu pai sendo outra pessoa com as outras pessoas. Fica engraçado. Enfim, também não é disso que eu vim falar.
Eu vim falar sobre o fone de ouvido.

Sim, porque ninguém suporta o roberto carlos cantando em espanhol durante uma viagem inteira. Aí eu enxi os 2 gb do mp4 com tudo que tinha de bom, e fui ouvindo. No máximo.
É um exercício pra curiosidade. E eu deixei muita gente curiosa falando que eu ia postar uma teoria sobre isso, aqui. Ninguém entendeu nada. Agora vão entender, uhul. hahaha
Acontece o seguinte: vc está num ambiente com mais de duas pessoas, elas estão conversando e vc tá ouvindo música. No máximo. Vc não ouve o q elas estão dizendo. E então? É um exercício pra curiosidade. Pra vc ver até q ponto prefere a música. Bom, eu prefiro a música sempre. Odeio o lixo que é a maior parte da sociedade. Todo mundo sabe da minha revolta sobre isso, então nem vou me alongar muito.
Tenho que fazer um post enorme, um dia desses, sobre a viagem. Os tempos bons que não voltam. A saudade, a incoerência.


Enfim, esse post foi idiota, mas é pq eu não consigo sair do msn. Pessoinhas viciantes!
Não consegui pensar.
Só que: promessa é dívida. Eu vou escrever uma música "baleirística" para a qual UMA frase está pronta kkkkkkkkkkkk
Daqui a uns dez anos, esperem, pq eu vou postar aqui. :D


Ah, e não sei por que cargas d'água meu video pra Ana ainda não tinha vindo pra cá, agora veio:




The end.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Aqui...

Hoje eu vim pra falar de sexualidade.


Sim, porque já tô de saco cheio de gente falando do que não sabe. Tá certo que a comunidade (e pra quem não sabe do que estou falando, nem precisa continuar lendo, pq vc não é um dos motivos do meu texto) me influenciou sim. Claro, tudo o que vivemos, passamos, todos os relacionamentos de qualquer tipo que seja, nos influenciam. Isso não quer dizer que eu tenha virado homossexual. Pra começo de conversa, não, eu não virei. Apesar de sentir uma enorme vontade de dizer que sim, eu sou lésbica, porque daí ninguém mais diria que eu "estou virando" e me irritariam menos.

Quanto à influência que tenho sofrido, ela não é nada menos que ótima. Eu nunca tinha conhecido pessoas homossexuais, e fiz amizades verdadeiras. Pessoas com quem eu posso falar de tudo, desde música a problemas familiares, passando por relacionamentos, sexo e amor. Posso falar de angústias, incertezas, passado e futuro, que eu sei que ele/ela vai me entender.
Sim, nós nos damos bem porque eu também sou diferente do resto. Não pelos mesmos motivos que eles, mas sou. E sou super a favor da diferença.



Acho magnífico o bissexualismo.

Essa sim é uma forma de amar sem barreiras, você sente o que deseja sentir e não apenas o que se permite. Você é livre de verdade, não vive numa prisão de regras impostas, com as quais você nem concordou, nem deu sua opinião, não escolheu. Enquanto nós, pobres mortais, não nos permitimos sentir.
Um dia, tive uma conversa muito séria com uma pessoa que também é heterossexual. Nós chegamos à conclusão de que o heterossexualismo é apenas uma convenção. De olhos fechados, tudo é igual. Mas se retirarmos a venda que nos impede de enxergar o julgamento, a malícia, o preconceito, a ignorância e todas as mazelas desse lixo de sociedade, nós perceberemos que nossa vida se pauta na vida dos outros. Ou melhor, no modelo dos outros. Sim, porque a vida que a pessoa leva e o modelo que ela passa são coisas distintas. É aquela velha história do "Cantinho", sobre a qual não falarei aqui, porque quem não conhece, também não concordaria.



Eu tenho medo de expor minha opinião sobre isso aqui, porque eu sei que vão me entender errado.

Então, eu vou pontuar algumas coisas. A primeira delas é sobre a Ana Carolina.

Eu não sou apaixonada por ela, eu não quero me casar com ela de verdade e eu nem sei o que eu faria se eu a visse na minha frente. Essa história de dizer que por ela a gente vira até tri, é tudo mentira. Dizer que eu realmente a amo significaria passar do nível de amor platônico a uma grave esquizofrenia. Não, eu não a amo, não a conheço e mesmo que conhecesse, não faria a menor diferença. Eu tenho as minhas convicções ultrapassadíssimas e infelizmente não consigo abandoná-las.

Um outro ponto importantíssimo em que as pessoas acéfalas sempre tocam é o seguinte: a minha vida mudou radicalmente de um tempo pra cá, muito em função do fim do meu namoro - o que já virou mais um motivo pra eu ter "virado lésbica" segundo a concepção desses mesmos acéfalos - e também por eu ter me tornado fã da Ana. Ok, tá certo. Minha vida mudou mesmo e eu sinceramente não quero namorar por um bom tempo. Nem quero conhecer ninguém. Não quero me apaixonar, não quero a intimidade, a obrigação e nem o compromisso. Passei muito tempo aprisionada e agora eu quero ser livre, mas sem libertinagens. Mas o que isso tem a ver com a Ana? As pessoas arranjam ligações onde não há. Enfim, sobre a comunidade e minhas novas amizades: eu fico muito feliz que tudo isso tenha acontecido. As pessoas que conheci são fantásticas, ampliaram meus horizontes; me ajudaram sempre; meu crescimento pessoal foi estrondoso; eu me aproximei de coisas novas, arte, literatura, cinema, música, enfim... Se essa é a péssima influência que me exercem, eu quero mantê-la por muito tempo ainda.


A mensagem principal desse texto é para aquelas pessoas que me torram a paciência: não, eu não virei bi, tri, nem tetra. Eu não tenho um amor impossível - aliás, no momento, não tenho amor algum - e não estou pensando em jogar no outro time - aliás, não estou pensando em jogar em time algum.

Se, por acaso, um dia, eu estiver afim, eu vou mudar sim. E não é por ninguém não. Mas acredito que isso não vá acontecer, porque eu não tenho a coragem que eles têm. Eu não vou me voltar contra a sociedade a troco de nada. Quando eu decidir que só isso vai me fazer feliz, aí sim, eu jogo tudo pro alto, deixo as máscaras e roupas pelo chão e dou um outro rumo pra minha vida. Por enquanto, eu estou feliz com o que tenho e com quem tenho ao meu lado. Não vou abandonar pessoas que já se tornaram fundamentais pra mim por medo do que vão dizer. Não vou deixar de ser fã de uma pessoa maravilhosa porque "parece" que eu gosto dela de outra forma. E, finalmente, não é a sociedade que vai me moldar, sou eu mesma que vou traçar o meu destino e, na roda da minha vida, sou eu que faço tudo se encaixar [plágio].

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

E o vento na janela?

Abri as janelas, senti o vento anunciando a chuva. Eu costumo sempre olhar pra rua, de madrugada. É tão engraçado ver o mundo parado. A maioria das pessoas dormindo, umas devem estar abraçadas ao marido, namorado, ficante. Eu não sinto mais essa necessidade, não. Algumas outras, curtindo alguma festa, talvez usando drogas, talvez a mãe esteja em casa preocupada, talvez seja a namorada desconfiada, talvez ninguém esteja se lembrando delas. Outras pessoas, ainda, devem estar sofrendo. Por um amor acabado, a mãe no hospital, uma doença, o cansaço, a desilusão, a derrota, a vida vista como ela é.

Bom, eu não tenho nenhum desses problemas. Estou na segurança do lar, meus pais estão dormindo, não sei se alguém se preocupa comigo, mas a essa altura, isso também não importa, porque minha mente está vazia, também não estou preocupada com ninguém. Não tenho problemas sérios, não. Então por que ser triste? É melhor ser alegre que ser triste. Mas a tristeza não tem fim, felicidade sim! Como já diziam os mestres Tom e Vinicius. Porra! Que jeito ridículo de enxergar as coisas.

E que tristeza é essa? É um sentimento de total impotência.

Porque esses sentimentos me assaltam e eu nem sei de onde vêm. E eu não consigo fingir que não chegaram. Mas todo mundo está cansado de me ler reclamando das coisas. Eu quero parar de reclamar.

Voltando ao vento na janela...

Me dei conta de que não precisava dormir porque já estava quase na hora de acordar. Fiquei lá, então, absorta nesses e muitos outros pensamentos enquanto esperava que o sol aparecesse para eu poder sair do meu casulo. O dia e a noite, opostos que são, também devem ter a capacidade de transformar o sal em açúcar. Se é que vocês entendem a que sal me refiro. E a que doçura também. Eu acho estranho escrever para as pessoas. Eu digo tanta coisa nas entrelinhas, cada expressão usada quer dizer tanta coisa, que às vezes eu penso em desistir do blog porque eu sei que ninguém vai entender nada. Eu poderia voltar ao meu caderninho de coisas não-publicáveis haha. Mas não vou, porque uma pessoa gosta, então vou continuar aqui. E quem não gosta, não lê, então tudo bem!

Voltando ao vento na janela...

E então o sol apareceu mas a doçura não foi ele quem trouxe. Eu resolvi sair. Respirar. Repassar na minha mente os últimos acontecimentos e me perguntar “será que esses risos são reais?” Porque foi até engraçado quando eu terminei meu namoro, mas ficava sorrindo à toa. Por outros motivos, claro. Por “pior ser humano” que eu seja, eu ainda tenho sentimentos e não acho normal terminar um relacionamento de três anos com tantas promessas e planos e continuar super feliz. Mas acabou e a ordem natural das coisas é que a minha vida siga em frente. Eu fico triste por ter feito tanto por ele, e vê-lo voltar ao ralo de onde eu o resgatei. Mas isso é papo pro caderninho de coisas impublicáveis. Além disso, ainda me lembrei que meus “eu te amo” saem muito mais doloridos quando ditos, que quando escritos. Por isso, alguém pode me achar romântica, quando me lê. Mas quando me ouve, muda de idéia. Entretanto, por mais que eu encontre tanta dificuldade em dizê-los, eles são sinceros, quando resolvem sair da minha boca. Foram poucas vezes. E lembrando disso, pensei em mudar, tentar entender melhor, reparar menos nos erros e elogiar mais os acertos. Até comigo. Não é fácil assim e a chuva começou a cair. Boa idéia foi trazer o guarda-chuva, mas eu não quis abri-lo. Assim como não abri o coração a quem queria entrar. As gotas d’água se misturavam às lágrimas e assim era melhor, ninguém veria. Mas será que havia lágrimas? Eu acho que não quero e nem consigo chorar, mais. O torpor frente a certas sensações já é mais freqüente que antes. A cada dia, tenho mais provas disso.

E o vento da janela? Parou de soprar, foi um último suspiro.

Aquela Carol não respira mais, não vive, nem nunca viveu. Foi só uma invenção, uma parede de vários tijolinhos que se escondiam por trás da tinta e agora resolveram aparecer. Será que as paixões e aquela loucura tão gostosa e intensa faziam parte desses tijolos? Ou era só imaginação?

Meus pés, agora, estão no chão. Espero que o próximo post tenha um outro tom, um outro tema e seja escrito por uma outra pessoa, porque dessa aqui, eu já cansei.

sábado, 8 de agosto de 2009

E qual é a fórmula pra rir até chorar?

Hoje eu ri até chorar. É tão bom sentir o descontrole sobre as emoções, tentar conter um riso, uma gargalhada e a conseqüente expulsão dos sentimentos ruins.

Nunca tinha parado pra pensar, mas será que as lágrimas saem também quando estamos felizes porque é nesse momento em que nos damos conta de que essas lágrimas não deveriam ficar dentro do peito, sufocando? Será que nós retiramos junto com a água e o sal todo o sentimento ruim, que incomoda? E por que não dá pra controlar?!

Foi uma explosão de coisas boas que se sucederam. Projetos acabados, férias forçadas, conversas produtivas, outras empolgantes e outras ainda, madrugada adentro, que chegaram a fazer doer a barriga de tanta risada.

Às vezes eu me sinto a pessoa mais infeliz do mundo por enxergá-lo de uma forma diferente. Um dia eu disse ao Carlos – o único leitor assíduo do blog haha – que eu era diferente das outras meninas. Não vêm ao caso os motivos, nem seria de bom tom dizê-los assim, pra todo mundo. Pouca gente sabe, porque está bem guardado aqui dentro. Mas mesmo vendo o mundo dessa forma, eu ainda encontro pessoas que valem a pena. Claro que são pouquíssimos os que me fazem sentir em sua companhia o brinde de uma noite quente de luar, abraços e a voz doce que me protege e abriga. Mas essa loucura de procurar a sinceridade em todos os passos que dou, acaba compensando. Não quero citar nomes ou situações porque seria restringir a palavras um sentimento inexplicável, infinito, delicioso de querer bem e saber que alguém deseja o mesmo a mim. Só quero deixar registrada a minha intensa alegria por ser livre, por estar cercada pelas pessoas certas e por não conseguir conter lágrimas de felicidade.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Mais um desabafo...

O texto de hoje é idiota, imaturo, revoltado. Um desabafo. Mais um pra minha coleção.

Eu cansei de ser madura se ser madura significa ver que tudo está errado e não poder fazer nada. Eu cansei disso, se isso significa que eu tenho que me virar sozinha em tudo, como sempre foi, mas não posso tomar minhas decisões, não posso ter o meu espaço, não posso receber respeito e nem consideração.
Eu queria ficar aqui no quarto, trancada, e não precisar mais sair. Eu tenho nojo das pessoas. Acho que só essas paredes é que são sinceras, porque elas são de cimento e não ficam fingindo pra sociedade que têm sentimentos. Ao contrário de muita gente que eu conheço. As paredes sim, merecem ficar aqui comigo, me acompanhar. Elas não são hipócritas, elas não interferem nas minhas escolhas, não querem mandar em mim só quando convém, não dependem de mim pra nada, não me cobram. Apenas me oprimem. Querem me afogar, me prender.
Onde encontrar apoio se nem dentro da própria casa dá pra encontrar? Compreensão? Pra quê? Eu não preciso, porque eu sou forte. Eu não choro, eu não sinto. É, eu não tenho sentimentos, sou um monstro mesmo. Eu e as paredes.
Queria ficar aqui, com meu lap top, sem internet que é pra não ter acesso a mais ninguém. Acreditar que o mundo é melhor assim.
Quando o Renato Russo disse que a humanidade é desumana, é porque ele não viu o que eu vi. Se tivesse visto, diria: é desumana e repugnante.
A sociedade é feita de máscaras, e ninguém enxerga a alma de ninguém. O que importa é o carro na garagem, a piscina - numa região fria - que nem tem utilidade, o sorriso de bom dia, o óculos bloqueando o olhar, que é pra ninguém enxergar mesmo.
Quem sabe se as pessoas parassem um pouco pra olhar nos olhos...
A humanidade não seria tão repugnante assim.
Eu tenho asco e medo das pessoas. Asco porque sei que os amigos de verdade, contam-se nos dedos de uma mão. Medo porque posso não ter acertado nessa conta. Tenho que matar um leão por dia, selecionar bem quem pode saber dos meus segredos, tentar manter distância de quem finge me querer bem, fugir de quem me inveja, amar quem me odeia. E quem me ama? Será que existe alguém? Sem mentiras. Não quero hipocrisias, mas acho que só posso confiar em mim. É terrível chegar aos dezoito anos da minha vida e perceber que não tenho mais pra quem ligar nessas horas de confusão. Querer andar até me perder, mas não conseguir, por ter medo de me encontrar.
Tenho me afastado de alguns amigos, outros têm se afastado de mim. Tenho me aproximado de outros, pessoas novas, mas irreais na essência. Não consigo me sentir segura e protegida com ninguém, mas acho que isso não é novo. Acho que já acontecia, mas só agora eu enxerguei. Minha maturidade está me dizendo isso? Preferia antes, viver no mundo de sonhos e ilusões. Por mais que machucassem, não era tanto.
Tornei-me torpe frente a certos acontecimentos, e há quem diga que se impressionou. Não conseguem entender como eu me mantive em pé depois de tantas rasteiras. Acho que é porque aprendi a enxergar os olhos das pessoas. Vi que a solidão, às vezes, é a melhor conselheira, amiga, companheira. Vi que é a única que não me deixará de lado, que compreenderá, apoiará, estará aqui, sempre. A solidão é vista como o mal do século, a desgraça em pessoa. Pois eu acho que não. Há desgraças maiores no mundo. Há a perda da confiança, a desilusão, a essência ruim do outro. Eu prefiro não saber. Prefiro a solidão, e as paredes.

Chega!
E as histórias que eu tenho que inventar, deixa pra outro dia. Hoje não estou com cabeça, estou sozinha. Me falta o ar, mas sobra o desconsolo. Na verdade, eu não queria um abraço, um ombro amigo, uma voz doce me dizendo que me ama e está tudo bem, porque, sinceramente... Eu acho que não conseguiria acreditar.
Hoje estou no meu dia NÃO, no dia de ver as coisas como são, sem dramatizar sobre elas... Sem inventar, fazer da vida o que eu quero. Hoje estou vendo a vida como ela é e todas as suas mazelas. Vou brincar de ser feliz? Pode ser, mas hoje não.
Só por hoje, me deixa sentir o vazio que a falta de tudo me provoca. Falta de tudo, porque não tenho mais nada. Só sobraram as paredes.