segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Eu sinto.

Estou pensando aqui comigo... Eu sinto algumas vibrações às vezes.
Aquela história de sonhos premonitórios, sensações estranhas... Meu coração dispara quando eu tô na sala e uma pessoa com quem eu preciso falar entra no msn... Aí eu venho pro pc e dou de cara com essa pessoa on line. Sonhei outra vez sobre o erro da AC no criança esperança, uma semana antes. Sonhei com vários namoros que terminaram, inclusive o meu. Sonhei que pulava da janela, mas isso é só quando eu to em depressão (sonhei semana passada, de novo).
E... Sonhei uma noite inteira com o meu ex namorado.
Pra me mostrar que eu tô certa, meu sonhos com ele seguem sempre o mesmo roteiro. A gente voltou, mas eu não quero mais, e passo o tempo todo tentando me livrar, terminar, arrumar um jeito de sair daquele emaranhado de sensações confusas. Geralmente, eu acordo tranquila, porque esses sonhos me dizem que não há resquício de mágoa, arrependimento e nem amor.
Mas dessa última vez eu fiquei mal. Fiquei mesmo. Não tinha vontade de nada... Parei pra assistir um filme, desisti nos primeiros quinze minutos. Fiquei off line o tempo todo no msn. Dei umas risadas confusas.
Me lembrei de quando a Bárbara disse: nunca vi alguém terminar um namoro de três anos e ficar tão bem.
Me lembrei de que eu estou bem, de que nem sinto saudades, não me faz falta aquela monotonia, eu tenho tempo pra mim, está na hora de ser feliz.
Mas... não sei. Eu sinto que alguma coisa está me prendendo. Eu estou deixando minha vida se esvair aos poucos, deixo pedaços de mim pelo chão, pela casa, em cima da cama. Cada nó na garganta ao passar os olhos por uma lembrança, cada migalha, o resto, o nada. Uma coisa vai se unindo à outra e, quando eu percebo, mudei meu olhar, meu sorriso, minhas palavras.
É... Me olhei no espelho. No fundo dos meus olhos enxerguei um vazio imenso. Acho que me entediei de mim e da minha vida. Eu quero dar pause, mas que o mundo continue girando pra acabar logo. Quero observar de fora, mas sem alma. Tenho uma incrível vontade de desistir. Mas desistir de quê? Não há mais nada a perder, não há mais no que se pensar.
É, acho que é esse o vazio: no pensamento. Tentei substituir, não deu. A nova lembrança também passou, ou então, não é mais tão agradável assim.
Eu queria tanto a minha liberdade, mas me esqueci de que o pensamento também voa com o vento, e ele precisa de mãos pra segurar. Eu preciso de mãos pra segurar. Não quero, mas preciso.
É só uma fase, uma brisa que bagunçou o cabelo, bagunçou tudo. Vai passar. Tenho que preencher esse vazio e vou conseguir.
Não vou me olhar nos olhos enquanto houver um espaço em branco ali. Manter o equilíbrio é difícil quando alguém dá uma rasteira e você tá na corda bamba. Cair é normal, o anormal é não levantar.
Assim, então, pego a sombrinha, retomo o equilíbrio, e mesmo que meu pensamento me traia, me derrube mais um milhão de vezes, eu ainda vou controlar o desespero, limpar todas as teimosas lágrimas e colocar um pé na frente do outro. Caminhar, essa é a solução. Se eu não quero estar presa a esse vazio, eu vou conseguir me libertar dele. É minha decisão e ela já está tomada.
FIM.

Nenhum comentário:

Postar um comentário