quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Post nº 100

Algumas coisas que eu aprendi.


Aprendi que eu não me encaixo em moldes, não sigo modelos e odeio tendências.
Aprendi que andar olhando para o céu é melhor que andar olhando para o chão. Porque é lá, com as nuvens, que eu posso desenhar e ver o que eu quiser.
Aprendi que se eu me esforçar o suficiente, dá pra ouvir o barulho dos pássaros em qualquer lugar que eu esteja.
Aprendi que muitas vezes eu vou olhar para trás e não vou me entender. Às vezes eu não me reconheço nas fotos do passado. Às vezes meu sorriso muda.
Aprendi que fazer besteiras todo mundo faz. O que difere os sábios dos tolos é que aqueles têm a capacidade de aprender com os erros, enquanto estes sempre se tornam vítimas de si mesmos.
Aprendi a tirar o maior proveito possível dos instantes de prazer. E o prazer pode estar em coisas mais simples do que se imagina.
Aprendi que o maior sentimento de “dever cumprido” é, no final do ano, fechar um livro de 800 páginas e pensar: eu sei tudo o que tem aqui.
Aprendi que, por mais que eu queira superar meus limites, nada me faz correr mais – no bosque – do que trovoadas e um céu ficando azul escuro. (haha, no meio de tanta coisa séria, eis aí um fato cômico e trágico)
Aprendi que sair pra dançar, gritar, cantar e curtir com as amigas é bem melhor do que passar a noite com um cara qualquer.
Aprendi que, por vezes, as pessoas ao meu redor vão se envolver em teias e não vai ser culpa delas quando eu resolver não querer mais. Pessoas envolvidas em teias vêem tudo nublado.
Aprendi que eu posso querer uma coisa, bater a cabeça, sonhar, morrer por ela. Mas que, se eu não conseguir, é porque foi melhor assim. Agora, eu vejo.
Aprendi que uma vitória não chega sem muito suor. E, se chegar, não vale nada.
Aprendi que eu preciso olhar para o lado e estar cercada de amigos, mas que não adianta buscar na plenitude dos outros algo que encha o vazio que há em mim.
Aprendi que me afogar em mim faz bem.
Aprendi que acordar às quatro da manhã com inspiração é a melhor coisa que existe.
Aprendi que não devo voltar a dormir. Escrever folhas e folhas corridas, perder o sono, olhar o mundo lá fora, chegar a um conhecimento tal de mim mesma que dormir já se torna desnecessário... Tudo isso é uma dádiva que eu preciso saber usar.
Aprendi que dar a outra face não é o meu forte, mas que por um amigo eu passo por cima, e dou.
Aprendi que conversar comigo não é loucura. Loucura é me deixar perder nesse mar de indagações sem respostas. Se eu puder me responder, valeu a pena.
Aprendi que construir e desconstruir faz parte da vida. E que matar um sentimento dói, mas cura.
Aprendi que acreditar nas pessoas pode te levar ao céu ou ao inferno... Mas que vale a pena acreditar mais uma vez, tentar de novo. Não dá pra perder a fé na humanidade. Alguém, algum dia, vai dizer a verdade. E quanto ao resto? Quem me enganou? Não sinto mágoas nem angústias, porque eu dou sinceridade sem esperar sinceridade em troca.
Aprendi que não bastam as convenções, o que vale é o caráter. Ninguém demonstra ser o que realmente é.
Aprendi que a minha personalidade forte desagrada muita gente, mas que eu não sei atuar o tempo todo... Portanto, dou a opção de escolha. Quem escolher ser meu amigo pode esperar de mim tudo o que vem de alguém com caráter: lealdade, cumplicidade, segredos bem guardados, conselhos e esporros quando necessário. Mas isso tudo vem com uma inconstância incrível, uns momentos em que me interno dentro de mim e ninguém tira, sensibilidade à flor da pele, risos e choros no mesmo dia. Eu sou assim, “minha inconstância sorri”, construo todos os dias minhas verdades e sonhos e conquisto a vida, porque ela merece ser mais que sóis que nascem e se põem.

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