sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Espelho

Mais de mil visitas a esse blog em mais ou menos dois meses. Então é assim, tenho leitores? HAHAHA
Ou então uma galera passa o dia dando F5 aqui kkkkk


Enfim.


Hoje eu não quero falar. Acho que estou querendo escutar.
Então pra quê ter um blog???
Justamente. Acho que o motivo está na primeira linha ali em cima. =\

Então já que eu não quero falar e preciso escrever, vamos ver... Vou escrever sobre estar na cama ouvindo a chuva neste momento? Não, já cansei de falar disso...
Eu poderia escrever sobre o meu "choque com a realidade" e minha onda "saudável". Mas não adiantaria, porque isso são coisas que a própria pessoa precisa decidir e não adianta ninguém dizer. Me deu um click, eu resolvi e fiz. Não foi porque ninguém disse. Aliás, vocês já devem saber que eu adoro nadar contra a corrente "só pra exercitar..."
Exercitar o quê? Auto-confiança, senso crítico, responsabilidade, formar minhas opiniões, transmiti-las aos outros. Dialética, retórica. Perguntas e respostas. Saber responder é menos importante do que saber perguntar. Conseguir entrar num confronto de intelectos... É, é importante pra mim, e eu tenho sentido falta...

Mas tá, sem "nerdice" por hoje.

Estou cansada...


Outro dia eu abri o freezer pra pegar a minha garrafinha de água e ir correr - #ondasaudável - e me veio uma coisa à cabeça: Não me faltam possíveis parceiros. Faltam-me motivos.
"Ainda não estou pronta pra viver um novo amor".
É difícil para as pessoas aceitarem.
Outro dia me chamaram pra um churrasco. Vão as meninas e os namorados. O meu também estaria convidado, se eu tivesse um. Não pude conter esse pensamento, apesar de ninguém ter dito. Porque o normal é namorar. Por que o normal é o amparo de uma pessoa na outra? Será que se o relacionamento não fosse visto muitas vezes como "chão" haveria tantos casais suportando tantas coisas simplesmente em troca da presença do outro?

Quarta-feira eu olhei pela janela, havia um homem discutindo com a namorada. Ele a encostou na parede, então não pude ver mais nada... Mas ouvi socos, gritos, chutes e ele finalizou a brutalidade toda jogando um capacete na menina... Vi o capacete quebrado no chão. Vi o cara saindo. A menina ficou lá. Havia gente na rua, devem ter ido ajudar... Talvez. Eu não quis ver o final... E sabe por quê? Porque eu duvido que essa pessoa foi à delegacia registrar uma "notitio criminis" (é, registrar B.O., mas é que meu prof de penal me proibiu de usar essa expressão... Preciso falar em latim, olha só ¬¬). Provavelmente ela voltou pra casa, correu pro banheiro, encheu a cara de base e pó para que ninguém visse o roxo e continuou o relacionamento. Por quê? Porque o imbecil machista dá a ela o que o pai nunca deu? Talvez... Faltou a figura protetora, ou ela foi embora, ou ela não quis mais. E ficou a necessidade, o vazio. Preencheu. Melhor ficar sem nada...
Melhor saber que o nosso espelho só precisa conter a nossa imagem e de mais ninguém.
O meu espelho me basta.

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