domingo, 13 de setembro de 2009

Demora

Como eu escrevo?

Eu termino tudo que tenho pra fazer, e, antes de desligar o pc, abro o word. Olho pra página em branco, estralo os dedos, e escrevo. E o que sair, saiu. Geralmente, ficção. Geralmente com uma verdadezinha escondida por detrás das nuances de melancolia que acabam transparecendo no texto... Geralmente as palavras usadas, à revelia de outras quaisquer, que já não fazem tanto sentido pra mim...

Enfim, acabei de fazer isso, e tá aqui o resultado (obscuro hahaha)


"Ele se demora"


O gosto da derrota é o que demora
Fica na língua, garganta, entranhas
Dia após dia, de noite, sereno
A serenidade não vem, não fica.
Seus cachos caindo nos olhos
Seu olhar, um mistério, ilusão
Seu choro apertado, doído
Se aperta contra a minha boca, segura minha mão
Me pega e leva, eu vou, me guia
Sou sua rotina, seu tempo que pára
E você não gosta mais? Antes gostava
Antes queria, queria...
Mas você não vem mais, eu te chamo
Te imploro, me veja
Saiba quem eu sou, você sabe bem
Agora que você me tem...
E essas mentiras, suas palavras ouvia
Mas os beijos também perderam o sabor
Te procuro, não encontro, agonia
Me fez perder o rumo, a proa, o amor.


E assim lá se vai mais um domingo...

Até mais, pessoas.

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