segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Reaprender a sonhar


O que mais eu poderia supor de alguém
Que por tantas e longas vezes
Prometera me fazer feliz?
Que me deixara em prantos
Por entre quimeras, esperando
Tentando desvencilhar o real do imaginado
Ou o imaginado do real
Ou quanto disso tornar-se-ia realidade.
Que tecera comigo todos os meus passos
Venceu caminhos, superou abismos
Que, antes de dormir, escutava a nossa canção.
Nada mais eu haveria de querer
Além de dormir presa nos braços daquele
Que por tantas e longas vezes
Prometera jamais soltar a minha mão.

O que eu poderia supor?
Talvez que isso não passe de caminhos imaginados
Que simplesmente não vale essa forma de amor
Porque trata-se de trilhas sem fim, sem conquistas

Ou talvez eu tenha aprendido a voltar a sonhar
Sem me perguntar se vale a pena, porque já valeu:
Foi ele quem me tirou os pés do chão
E o mundo visto daqui, de cima das nuvens, é lindo. E só nosso.





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