quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Motivos.


Essa semana eu recebi um recado no orkut daqueles que eu precisava ter recebido, sabe? Daqueles que a pessoa que te mandou te conhece TANTO, que ela te decifra naqueles versos que ela mandou. Pois é, recebi esse recado e ele dizia, entre outras coisas: "O que está no seu passado, tem motivos para não estar no seu presente".
É verdade, a gente quase nunca se lembra.

No começo, quando estamos descobrindo o amor, cometendo todos aqueles erros imperdoáveis e ainda achamos que o nosso mundo pode se resumir a alguém, temos essa mania de ficar revivendo os momentos bons, quando está tudo péssimo. É, depois daquela briga, você bate a porta do quarto, deita na cama e escuta a "música de vocês". Caem algumas lágrimas pela dor da discussão, das palavras ditas que mereciam permanecer mudas, do vão que se abre entre você e o mundo. Mas, logo em seguida, o que é que se passa na sua cabeça? Os beijos, abraços, as declarações de amor, as flores, aquelas que você guardou no caderno. Pronto, abre-se o caderno. Lá há os poemas, as cartas, as músicas, as flores amareladas pelo tempo... As lembranças também mudam de cor.

Mas e quando o relacionamento acaba? O que está no passado tem motivos pra estar lá, lembre-se. "E mesmo ausente é doce sua falta". O que isso quer dizer? "A saudade é doce".
O que EU quero dizer é que o fim pode não ser salgado. Mas ficar relembrando as coisas de uma forma bonita, só pra fazer parar a dor, não funciona. A dor aumenta. Não adianta florear o passado e perfumá-lo para que ele se apresente mais bonito. O que se precisa ter em mente é que houve momentos lindos, claro. Mas não que eles façam falta... Eles simplesmente pertencem a um tempo que não é mais o presente e nem o futuro. Estão guardados, não podem ser jogados fora. Mas não se pode esquecer de que, se eles estão lá no passado, distante, é porque precisam estar. Sem perfumar as tristezas, a gente vive melhor. Sabendo que elas ficaram pra trás, também... É doce essa ausência, porque nem é mais ausência. É uma saudade mansinha, tranquila, sossegada. É um passado suave com todos os seus erros e acertos, boas e más recordações, sorrisos e lágrimas. Lembrem-se das lágrimas também, quando sentirem o impulso de querer que o passado volte... Mas quando estiverem plenos, permitam-se sorrir ao sabor daquelas lembranças.

Um comentário:

  1. Fiquei impressionada com isso, porque a hora q li aquele mini texto a primeira pessoa q me veio a mente foi você.. E realmente sinto q te conheço muito, não sei se pq temos sentimentos em comuns, ou vivências, sei lá..
    Boa foi a hora em que você ameaçou de dar um tempo no seu blog e eu desesperada vim comentar rsrs..

    T amo..

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