quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sempre que estou indo, volto atrás.


Eu sempre digo que dessa vez não será assim, mas fica sendo. Sabe aquelas promessas que você faz pra você mesmo e não conta pra ninguém? Mesmo porque são ridículas demais para deixar que os outros saibam, e então você fica com vergonha de você quando não consegue controlar. É, eu tenho vergonha de ficar triste assim.
Eu queria ter aqui uma floresta. É, podia ser aquela com o coração na árvore, ou então aquela com o pinguinho na folha. Não importa, tinha que ser uma floresta daquelas em que você se perde. Uma com uma casinha no final do caminho, com vários esconderijos, com tesouro enterrado. Eu me lembro de quando eu ia enterrar aquela fita, aquela foto, aquele anel. Acabei enterrando os abraços, ao invés.
É engraçado fazer piada com os próprios erros. Se achar uma idiota e, algumas semanas depois, fazer, de novo, a mesma coisa. É engraçado não conseguir desistir de quem já desistiu de você.
Mas, sem falar de abandonos, não é? Vamos voltar à floresta. Floresta é bom porque você pode gritar. É, gritar é bom.
Hoje eu quase gritei, mas os gritos saíram pelos olhos...
Fazia tempo que eu não chorava ouvindo Carvão, mas na parte do "me deixe aqui e solte a minha mão", caiu uma lágrima. Essa frase mistura um pesar com resignação e vontade. É, vontade. Me deixa! Me deixa aqui! Aqui é melhor sem você. Sim, é melhor. Solte a minha mão? Eu não queria... Esse vão... Esse vazio... Esse frio sem o calor dos teus dedos, sem seu toque no meu corpo, sem aquele nó. É, solte a minha mão, vai.

O céu nublado de hoje me faz pensar... O tempo fecha e chove. É, aqui chove. Melhor que chova do que guardar tudo isso aqui... Deixa sair, deixa cair, deixa surgir...
Eu não vou fugir, não vou renunciar a essas sensações, mas é que... Me dá uma coisa.
E quando eu estiver de novo desistindo, volto atrás. É, eu volto, porque algo me puxa... Puxa, mas devolve, não quer. Fui devolvida, de novo.


Mas então vai, inventa uma desculpa qualquer, me chama de volta, que eu volto. Eu corro em direção ao abismo e me afogo, e eu vou emergir de novo, não se preocupe. Estarei pronta pra quando você aparecer. Se os teus olhos vão se molhar por mim, minhas mãos vão secá-los. Fica tudo bem, e você volta a errar, e eu volto a ter essa vontade de correr pela floresta até a casinha e ficar, descansar, fugir de você. Vou pra lá, fique aí. Daqui a pouco, grite meu nome. Ou eu que vou querer escutar? De novo? Eu vou escutar, de novo.

Um comentário:

  1. Ai flor..
    Não gosto de te sentir triste assim..
    Ah e deixar chover é ótimo, libera o q esta dentro de vc, ninguém precisa saber se não quiser que ninguém saiba..


    \________o_________/ Sinta o meu abraço viu?

    T adoro e quero t ver bem..

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