sábado, 19 de dezembro de 2009

Essa vai pra um certo alguém.



Até que ponto superar?


Sentei-me na cama, sua foto no painel, me deu vontade de arrancar.
Um livro já terminado em cima da mesa, eu com preguiça de guardar.
Celular desligado, não é para ninguém me ligar.
Uma música no rádio, me esperando pra cantar.
O violão num canto vazio, vazio está o som aqui.
Travesseiros espalhados fazem prova de que eu não consegui dormir.
O computador ligado, a tela em branco olhando para mim.
As palavras jorrando pelos poros, e por que me sinto assim?
O céu ainda está convidativo, dá vontade
De deitar na grama, esquecer da minha idade
Ver os desenhos nas nuvens, apagar toda a cidade
E de olhar a olhar, procurar a verdade.
Acho que preciso de um encontro com a paz
Aquela que se foi com você, pra nunca mais
A pomba voa por aí, e eu vou atrás
Buscar no teu sorriso a calma que só ele me traz.




E a nuvem me sorriu. E você sorriu pra mim.
E então, eu consegui sorrir pra mim.

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